Przejdź do głównej zawartości

DOGMAS MARIANOS - introdução

CURSO DE MARIOLOGIA

Assessor: Pe. Eugênio Antônio Bisinoto C. Ss. R.

DOGMAS MARIANOS

1.   Definição do dogma

** A definição do dogma é o pronunciamento definitivo e infalível de verda­des da fé ou da moral como reveladas, feito pelo supremo magistério da Igreja (Papa ou Concílio Ecumênico com o Papa).
è     “Na linguagem atual do Magistério e da Teologia, o ‘dogma’ é uma doutrina na qual a Igreja, quer com um juízo solene, quer mediante o magistério ordinário e universal, propõe de maneira definitiva uma verdade revelada, em uma forma que obriga o povo cristão em sua totalidade, de modo que sua negação é repelida como heresia e estigmatizada com anátema” (Marcelo Semeraro, professor de teologia).
-   O dogma é essencialmente imutável, uma vez que a Igreja só define verdades reveladas da fé ou da moral.
è     O termo “dogma” provém da língua grega, “dógma”, que significa “opinião” e “decisão”.
è     No Novo Testamento, é empregado no sentido de decisão comum sobre uma questão, tomada pelos apóstolos (cf. At 15,28).
è     Os Padres da Igreja, antigos escritores eclesiásticos, usavam dogma para designar o conjunto dos ensinamentos e das normas de Jesus e também uma decisão da Igreja.
-   Sendo a Igreja o órgão de transmissão dos dogmas, ela não pode alterar a herança da revelação, mas pode interpretá-los, ou seja, explicar seu verdadeiro sentido em caso de dúvidas.
è     “O dogma nasce na Igreja, que acolhe a Palavra de Deus, aprofunda e evolui na compreensão do dado revelado” (Pe. Leomar Antônio Brustolin, teólogo mariano).
-   A única evolução possível nos dogmas é que sob a ação iluminadora do Espírito Santo e o esforço especulativo da mente humana, todo bom cristão pode aprofundar o seu conhecimento das verdades encerradas nos dogmas e examinar outros aspectos dos mesmos relacionando suas conseqüências com as disciplinas humanas a fim de fomentar a piedade cristã e contribuir para a aplicação universal da doutrina católica.
-   Os dogmas, patrimônio imutável da revelação, devem ser aceitos por todo bom cristão, pois são definições solenes, infalíveis e obrigatórias.
è     “O magistério da Igreja empenha plenamente a autoridade que recebeu de Cristo quando define dogmas, isto é, quando utilizando uma forma que obriga o povo cristão a uma adesão irrevogável de fé, propõe verdades contidas na Revelação divina ou verdades que com estas têm uma conexão necessária” (Catecismo da Igreja Católica, no. 88).

2.   Significado dos dogmas marianos

** Os dogmas marianos são verdades da fé, contidas na Bíblia e na Tradição, a respeito da Virgem Maria.
-   Os dogmas marianos são quatro: maternidade divina, virgindade perpétua, imaculada conceição e assunção gloriosa da Virgem Maria.
-   A maternidade divina e virgindade perpétua da Virgem Maria são dogmas declarados no Oriente, nos primeiros séculos.
è     A maternidade e a virgindade perpétua têm clara base na Bíblia, sendo dogmas comuns às Igrejas cristãs em geral.
è     Tais dogmas foram definidos contra os hereges (dentro da Igreja).
-   A imaculada conceição e a assunção gloriosa da Virgem Maria são dogmas declarados no Ocidente, nos dois últimos séculos.
è     A imaculada conceição e a assunção tem base na Tradição, só indireta na Bíblia, mas são dogmas exclusivos da Igreja Católica.
è     Esses dogmas foram afirmados contra as idéias do tempo (fora da Igreaja).
-   Enquanto os dois primeiros foram definidos por decisão de concílios, os dois últimos foram promulgados por decisão de papas.

3.   Importância dos dogmas marianos

** Os dogmas marianos são muito importantes para a doutrina da Igreja e a vida espiritual dos cristãos.
-   Os dogmas marianos são garantias de verdades da doutrina, manifestando a importância que a Igreja dá à Maria, a Mãe de Jesus Cristo.
è     “Os dogmas marianos glorificam Maria. Ela é exaltada precisamente em sua insignificância e simplicidade e é por intermédio dos insignificantes, dos pobres – como Maria e os que ela declara libertados – que o Reino se torna realidade entre nós. Em toda a longa tradição cristã, os dogmas marianos concentram nossa atenção na glória de Deus que brilha sobre a mãe de Jesus” (Kahleen Coyle, missionária e escritora mariana).
-   Os dogmas marianos mantêm laços mútuos e coerências com outros dogmas, de tal modo que existe uma ordem e uma hierarquia das verdades da doutrina.
-   Os dogmas ajudam os cristãos a se manterem fiéis na fé genuína.
è     “Os dogmas são como placas que indicam o caminho de nossa fé. Foram criados para ajudar a gente a se manter no rumo do Santuário vivo, que é Jesus” (CNBB. Com Maria, Rumo ao Novo Milênio. p. 81).
-   Os dogmas marianos iluminam a vida espiritual dos cristãos.
è     “Os dogmas são luzes no caminho da nossa fé, que o iluminam e o tornam seguro” (Catecismo da Igreja Católica, no. 90).

4.   Unidade dos dogmas marianos

** Os dogmas marianos têm unidade profunda e orgânica entre eles.
-   Os dogmas marianos se articulam de acordo com a conexão dos mistérios.
-   Os dogmas marianos estão organizados em duas duplas:
   1ª. dupla: maternidade divina e virgindade perpétua da Virgem Maria, pois constituem um mistério só, mas com dois aspectos: a maternidade é o dogma central, enquanto a virgindade perpétua Maria é um aspecto que realça a maternidade.
   2ª. dupla: imaculada conceição (começo da vida de Maria) e assunção da Virgem Maria (final da vida de Maria): a imaculada prepara a assunção e a assunção coroa a imaculada.
-   A imaculada conceição e a assunção, como a virgindade perpétua, estão a serviço da maternidade.

5.   Fundamentos dos dogmas marianos

** Os dogmas marianos estão fundamentados na Bíblia, lida de acordo com a Tradição, como costuma fazer a exegese católica.

  Bíblia: contém a revelação nos livros escritos, reconhecidos canonicamente pela Igreja.
î É fundamento dos dogmas marianos.
î A maternidade divina e a virgindade perpétua têm clara base na Bíblia.
î A imaculada conceição e a assunção têm base indireta na Bíblia.
î Para explicar os dogmas marianos, é necessário a Tradição.

  Tradição: transmite a revelação na Igreja, comunidade de salvação, desde as origens do cristianismo.
î A Tradição traz, também, a fundamentação dos dogmas marianos.
î A Tradição não substitui a Bíblia, mas esclarece e interpreta sua mensagem, conferindo-lhe autenticidade.
î A Tradição capta o sentido, esclarece e aprofunda a revelação contida explícita ou implicitamente a revelação contida nos dogmas marianos.
î A Tradição dá a certeza dogmática em relação às verdades da fé referentes à Virgem Maria.
î A Tradição transmite-se por diversos canais, de modo especial pelos seguintes:

                                    Senso dos fiéis (sensus fidelium ou fidei): é uma espécie de intuição de percepção que o povo de Deus tem acerca das verdades da fé.
## O senso dos fiéis é um instinto de fé com que o povo de Deus acredita em certas verdades religiosas, em muitos lugares, por muito tempo e através de muita gente.
## Os dogmas marianos, especialmente a imaculada conceição e a assunção, apelam de modo decisivo para o senso dos fiéis.
## O senso dos fiéis se exprime através de muitas formas: culto (liturgia e piedade popular), Santos Padres e outras (imagens, pinturas, exemplos de santos etc.).

                                    Magistério (Concílio, papas e bispos): transmite o depósito da fé e tem a autoridade de discernir as descobertas mariológicas do povo fiel e aprová-las.
## O Magistério se encarrega de anunciar e interpretar autenticamente a Palavra de Deus.

                                    Teologia: é a ciência da fé, que ajuda a Igreja na compreensão e aprofundamento dos dogmas marianos.
## A teologia é a reflexão científico-metódica sobre a fé cristã em Deus que se revela em Jesus Cristo, centro da história da revelação.
## A teologia procura explicitar e desenvolver o conteúdo de maneira metódica.

6.   Função dos dogmas marianos

** A função dos dogmas marianos é assegurar as verdades acerca de Maria e, consequentemente, de Jesus e de nossa salvação.
-   Os dogmas marianos falam natural e diretamente de Maria: são privilégios, graças muitos especiais que ela recebeu de Deus.
-   Mas também os dogmas marianos falam de Cristo: a Virgem Maria recebeu essas graças, em função de Cristo.
-   Finalmente, os dogmas marianos falam de nossa salvação: representam tarefas que Maria assumiu em proveito de toda a humanidade.
-   Assim, a verdade sobre Maria serve de muro de proteção para as verdades referentes a Cristo e à nossa salvação.
-   Desse modo, impugnar um dogma mariano é como derrubar esse muro e deixar a doutrina de Cristo e de nossa salvação exposta a ataques e saques.

7.   Dogmas marianos, pedagogia do mistério de Maria

** Os dogmas marianos são uma pedagogia que nos conduz ao mistério da Virgem Maria.
-   Os dogmas são mistério (maravilhas, milagres) e palavras que evocam tudo o que Deus operou em Maria.
-   Os dogmas são abismos de luz, pois são janelas que se abrem para olhar para o mistério de Maria.
-   Os dogmas nos fazem ver a face mais interna e profunda da pessoa da Mãe de Deus.

-   Os dogmas revelam como próprio Deus vê Maria, em toda sua grandeza e beleza, conduzindo-nos à contemplação, celebração e anúncio do mistério dela.

Komentarze

  1. A matéria é muito rica, eu faço o curso de teologia para leigos e é necessário e de grande valor. Muito boa mesmo a matéria.

    OdpowiedzUsuń

Prześlij komentarz

Nieustanne potrzeby??? Nieustająca Pomoc!!!
Witamy u Mamy!!!

Popularne posty z tego bloga

Diferentes numerações e tradução dos Salmos

Diferentes numerações e tradução dos Salmos Muitas vezes, encontramos em nossas Bíblias e nos folhetos de Missa dois números diferentes em cima de um Salmo. Um número está entre parênteses. E, em geral, a diferença entre os dois números não passa de um. Por que acontece isso? Precisa ser dito, por primeiro, que os Salmos foram escritos, originalmente, na língua hebraica. Assim chegaram a fazer parte das Sagradas Escrituras do povo judeu. Posteriormente, por sua vez, também os cristãos acolheram essas tradições – e, com isso, os Salmos – como suas Sagradas Escrituras, lendo tais textos como primeira parte de sua Bíblia, ou seja, como Antigo Testamento. “Antigo” indica, neste caso, simplesmente aquilo que existiu por primeiro.   A numeração diferente dos Salmos,

Magnificat - Cântico de Maria (Lc 1,46-55)

Magnificat - Cântico de Maria (Lc 1,46-55) Atenção!!! Em breve o novo livro do padre José Grzywacz, CSsR Magnificat: cântico revolucionário de Maria, a mãe de Jesus. CURSO DE MARIOLOGIA -  Pe. Eugênio Antônio Bisinoto C. Ss. R. Organização: Pe. Jozef Grzywacz, CSsR No canto de Maria (Lc 1,46-55), Lucas traz belíssimo hino em que Maria , cheia de fé, louva a Deus em sua vida, na história da humanidade e no povo de Deus. -    O Magnificat é o canto de Maria na casa de Isabel e de Zacarias, em que ela, cheia do Espírito Santo, proclama as maravilhas de Deus em sua existência e no povo. 1.    O canto de Maria foi denominado de Magnificat, primeira palavra na versão desse hino, significando engrandecer ou exaltar.

A BÍBLIA MANDOU E PERMITE O USO DE IMAGENS DE SANTOS

A BÍBLIA MANDOU E PERMITE O USO DE IMAGENS DE SANTOS Sobre o uso de imagens no culto católico, leia sua Bíblia em: Êxodo 25, 18-22;31,1-6 (Deus manda fazer imagens de Anjos); Êxodo 31,1-6 (Deus abençoa o fazedor de imagens) Números 21, 7-9; (Deus manda fazer imagem de uma Serpente e quem olhasse para a imagem era curado) 1 Reis 6, 18. 23-35; I Reis 7, 18-51; (O Templo de Jerusalém era cheio de imagens e figuras de anjos, animais, flores e frutos) 1 Reis 8, 5-11; (Deus abençoa o templo de Jerusalém cheio de imagens e figuras) Números 7, 89; 10,33-35; (Os judeus veneravam a Arca que tinha imagens de Anjos e se ajoelhavam diante dela que tem imagens) Josué 3, 3-8; (procissão com a arca que tinha imagens) Juízes 18,31 (Josué se ajoelha diante da Arca com imagens para rezar) 1 Samuel 6, 3-11; (imagens são usadas)