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Akáthistos celebra o mistério da Mãe de Deus

Akáthistos celebra o mistério da Mãe de Deus
O Akáthistos é um grande hino litúrgico da Igreja grega antiga, uma longa composição poética organicamente estudada para celebrar o mistério da Mãe de Deus. Trata-se de um hino que deve ser todo cantado ou ouvido de pé, como o Evangelho, inclusive com o sinal exterior de reverente atenção.
Este hino não foi tirado de arquivos nem jamais sepultado em bibliotecas: há quinze séculos, o Akáthistos vive no coração de incontáveis gerações, que nele encontram alimento e verdadeira devoção a Virgem. Sem qualquer dúvida é o mais belo hino mariano da Antiguidade e de todas as épocas, um monumento de altíssimo valor, uma obra prima litúrgica de importância eclesial.
O Akáthistos foi projetado com base em dois planos sobrepostos, o da história e o da fé, e em duas perspectivas entrelaçadas e complementares, a cristológica e a eclesial, nas quais se radica e ilumina o mistério de Maria, a Mãe de Deus. Aliás, no pano de fundo desse desígnio de salvação está inscrita a história do homem, de cada homem, chamado a tornar-se transparência e presença divina, como foi e é Maria. A figura de Maria é ao mesmo tempo imagem e plena revelação daquilo que todo homem e toda a Igreja devem se tornar.
.: A Comunidade Católica Shalom também costuma rezar o Akhátistos na última semana do Advento. Celebre conosco também, cantando-o na solenidade da Mãe de Deus:

Divide-se o Akáthistos em duas partes: A primeira parte (estâncias de 1 a 12), seguindo o Evangelho da infância (Lc 1-2; Mt 1-2), propõe e comenta a teofania, isto é, o aparecimento e a primeira revelação histórica de Deus na carne humana assumida, com os efeitos salvíficos que daí derivam. As primeiras seis (de 1 a 6) estâncias do hino, de conotação cristológica, encenam e cantam a descida do Verbo e sua manifestação às primeiras testemunhas: a Virgem-Mãe, João Batista, Isabel e José. As outras seis estâncias (de 6 a 12), de conotação eclesial, mostram a epifania de Deus no mundo, portadora de luz e graça para todos: os protagonistas e beneficiários os pastores, os magos, os redimidos da escravidão dos ídolos e o justo Simeão, modelo da espera de Israel.
A segunda parte do hino (estâncias de 13 a 24) propõe a teologia da Igreja antiga, isto é, a profissão dos dogmas de fé relacionados a Maria: as primeiras seis estâncias (de 13 a 18) a contemplam imersa no mistério de Cristo, enquanto as últimas seis (de 19 a 24) a cantam presente no mistério da Igreja em curso.
1. Deus envia o anjo para fazer a saudação; o mistério se realiza em Maria; explode a alegria, cessa a condenação, renova-se a criação.
2. A estupefação de Maria: a criatura encontra-se diante da misteriosa iniciativa de Deus.
3. Diante do evento misterioso surge espontaneamente a pergunta: “como?”. Respondendo-lhe o anjo lhe revela que somente ela‚ tão profundamente iniciada na experiência do divino a ponto de tornar-se guia para a ascensão do homem.
4. Descendo, o Espírito Santo cobre a Virgem, tornando seu ventre em terra-virgem fecunda de graças.
5. A visitação: à saudação de Maria, o mistério se revela a João e o toca em seu íntimo; floresce o perdão, a misericórdia se difunde; Maria é a sua mediadora e o seu altar.
6. O mistério é revelado a José, a “testemunha” virginal.
7. A adoração dos pastores: prefiguração dos apóstolos, dos pastores e dos mártires, que ao longo dos tempos anunciam e confessam Cristo, nascido da Virgem, que assim como vestiu de carne o Senhor, reveste de glória os fiéis.
8. A chegada dos magos: ao anúncio de fé pregado pelos pastores, o homem que o acolhe encaminha-se em busca de Deus. Inicia-se o itinerário catecumenal, que se conclui em Maria, de quem, se fez carne a Palavra do Pai.
9. A adoração dos magos: o caminho catecumenal do homem se conclui com a renúncia a Satanás e aos vícios e com alegre adesão ao único Senhor, de que é artífice e marco a Mãe de Deus.
10. Os magos retornam à sua terra e, na própria vida, o neófito torna-se arauto de Cristo.
11. Como prenunciava Isaías (Is 19,1), Cristo entra no Egito, levado por Maria; Desmoronam os ídolos e atrás dela inicia-se o êxodo no novo povo em direção à terra prometida.
12. O encontro com Simeão; a espera e a sabedoria do homem se iluminam em Cristo.
13. A concepção virginal : com novo prodígio, renasce a vida; a santidade e a obediência virginal da nova Eva se contrapõem à obediência da antiga e a cancelam reconciliando o mundo com Deus.
14. Em Cristo, o homem retorna às origens, no Verbo encarnado se lhe abrem os céus.
15. A maternidade divina como vértice supremo, trono de Deus e único caminho para que o homem perdoado torne-se “deus”.
16. Também para os anjos o mistério do Verbo encarnado é nova luz de conhecimento e de êxtase.
17. O parto virginal, abismo de sabedoria divina: a luz da sabedoria humana rejeita o mistério; a verdadeira sabedoria é a fé dos simples, que encontra em Maria a sua luz.
18. Nós jamais teríamos podido nos aproximar de Deus, se ele não houvesse descido, humilde, entre nós, para nos salvar e atrair-nos suavemente para si.
19. A virgindade perpétua de Maria, início da santa Igreja, sublime modelo para os virgens; Maria, que no seu ventre desposou Deus, ao homem, agora conduz os virgens e os desposa ao Verbo de Deus.
20. o primeiro dever dos virgens é o culto a Deus; por mais que prolongue suas louvações, o homem nunca chega a celebrar dignamente os benefícios divinos.
21. A maternidade espiritual de Maria, a “Mãe da Igreja” , da mesma forma que gerou a Cabeça segundo a carne, não cessa de nela regenerar os seus membros, com os sacramentos que infundem a luz e a vida, tendo brotado do seu seio e do seu coração.
22. A nossa regeneração nasce do mistério pascal, que tem suas raízes no seio virginal, com efeito, para a nossa salvação, Cristo desceu do céu e se encarnou em Maria Virgem.
23. A mediação celeste: Maria é templo e arca que acompanha e protege a Igreja peregrina na santa conquista da pátria celeste; é refúgio e esperança de cada fiel.
24. A nossa advogada: que a Mãe de Deus nos salve de todo perigo e do último castigo.
A trama do hino gira em torno de três palavras: a saudação do anjo, “AVE”, que desencadeia toda a louvação, e os dois refrões: “AVE, VIRGEM E ESPOSA” e “ALELUIA”.
AVE: o Akáthistos inicia quando o anjo desce do céu, enviado por Deus para dar anúncio de júbilo a Virgem e, por seu intermédio, a toda a terra: O mais excelso dos anjos foi enviado do céu para dizer “ave” à mãe de Deus(o termo grego Kaire = alegra-te = ave). Todo entrelaçamento do hino e o seu cenário estão envolvidos para a alegria do céu. Com efeito, é um evangelho de alegria que, em Maria, se abre para o mundo: o anúncio de que Deus se fez homem!
AVE VIRGEM ESPOSA: desposada com Deus, mas não desposada com homem; uma posse pessoal exclusiva do Pai, Filho e Espírito, mas virgem de toda posse de natureza humana. Assim, o refrão coloca a figura Virgem na própria fronteira entre o criado e o incriado, quase como vértice extremo da ascensão humana, que mergulha no esplendor divino e por ele é inteiramente revestida, sem perder as suas propriedades de criatura.
ALELUIA: o refrão das estâncias pares, glorifica só o Senhor, de quem parte a iniciativa, brota a vida, inicia a história e se difunde a graça e em quem terminam, mergulhados em Cristo, através do Espírito, na contemplação da divindade, o itinerário espiritual de todo homem e o itinerário cósmico.
Na visão teológica do Akáthistos, Maria está presente e ativa em toda a extensão do mistério: onde quer que a humanidade de Cristo seja fonte de vida, ali está Maria, que lhe deu sua carne, ali está inscrita a sua figura virgem e sua ação de Mãe.
Hoje como ontem, a Virgem é presença ativa na Igreja peregrina: sustentáculo para a fé, para os apóstolos, força para os mártires, já que todos, em toda parte, anunciam e testemunham Cristo, que ela nos deu.
O autor do Akáthistos certamente foi um grande poeta, um insigne teólogo, um consumado contemplativo: tão grande que soube traduzir em síntese de oração a fé professada pela Igreja; tão humilde que desapareceu anonimamente. O seu nome é conhecido por Deus e ignorado pelo mundo. E é melhor que assim seja: desse modo, o hino é de todos, porque é da Igreja. Segundo os estudos mais recentes, a data de composição do Akáthistos oscila entre a segunda metade do século V e os primeiros anos do século VI.
Valor Ecumênico
O Akáthistos é comum aos irmãos ortodoxos e aos católicos de rito bizantino: é uma vetusta e solene ponte no sentido da plena comunhão de fé com as igrejas do Oriente. Mas também para os irmãos evangélicos do ocidente para os quais o culto a Maria ainda constitui pedra de tropeço, ele poderia representar um autêntico valor e uma base de diálogo: por sua antigüidade; pela fórmula laudatória , que, se bem compreendida, redunda em glória do Senhor; pelo substrato cristológico-eclesial; pela doutrina rica e sóbria, isenta de exaltações, que desemboca no próprio mistério da encarnação, isto é, no primeiro artigo de fé cristológica professado por todas as igrejas.

E.TONIOLO – Dicionário de Mariologia

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