Quando São José Dorme – Homilia de Bento XVI, quando ainda era cardeal, na Solenidade de São José Queridos irmãs e irmãos: Há pouco tempo vi em casa de uns amigos uma representação de S. José que me fez pensar muito. É um alto-relevo proveniente de um retábulo português da época barroca, em que se mostra a noite da fuga para o Egito. Vê-se uma tenda aberta, e, perto dela, um anjo de pé. Dentro da tenda, José está a dormir, mas vestido com a indumentária própria de um peregrino, calçado com botas altas, necessárias para uma caminhada difícil. Se na primeira impressão parece um pouco ingénuo que o viajante apareça também como adormecido, pensando melhor começamos a perceber o que a imagem nos quer sugerir. Os silêncios José dorme, é verdade, mas está simultaneamente disposto a ouvir a voz do anjo (Mt 2,13ss). Parece depreender-se da cena o que o Cântico dos Cânticos tinha proclamado: eu dormia, mas o meu coração estava vigilante (Cânt 5,2). Os sentidos exteriores repousam, mas