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As aparições marianas (mariofanias)

Do livro Maria apresentada aos jovens

Irmão Aleixo Maria Autran, marista (Editora FTD)

As aparições marianas (mariofanias), ao longo da História da Igreja, são fatos históricos, que a Autoridade Eclesiástica, após lento e prolongado exame, reconheceu e aprovou oficialmente. Esses acontecimentos são fatores de incremento do culto cristão à Mãe de Deus: festa litúrgica, santuário mariano, orações e invocações especiais, etc.
Tais fenômenos são manifestações da perene ação salvadora de Deus por meio de Jesus Cristo e de Sua Mãe Santíssima. São fatos carismáticos como os demais que sempre existiram no cristianismo: profecia, milagres, mártires, revelações privadas, etc. O Espírito Santo intervém como Lhe apraz e sempre. Graças a Ele, a Virgem Maria irrompe visivelmente em nossa história, de maneira milagrosa e surpreendente, confirmando o fato de sua presença entre nós e garantindo a mensagem de que se faz portadora.
Qual a atitude da Igreja em face das aparições de Nossa Senhora?

Extrema prudência e exame lento e minucioso antes de reconhecer oficialmente a veracidade dos fatos.
De acordo com os critérios sugeridos pelo Papa Bento XIV, a Igreja instaura um processo, a nível diocesano primeiro, para examinar:
a) as pessoas videntes: suas qualidades naturais, virtudes, antecedentes religiosos, sua instrução, psicologia;
b) o fato das próprias aparições, começando por se estabelecer cientificamente esse fato na sua realidade histórica para, depois, verificar sua natureza sobrenatural.
Geralmente, são acompanhadas por sinais extraordinários (fontes milagrosas, fenômeno solar em Fátima, etc.); também esses sinais são submetidos a minucioso exame.
c) finalmente, a mensagem.
João Paulo II, em sua homilia em Fátima (13-5-1982), sintetizou assim esse ponto:
«A Igreja ensinou sempre, e continua a proclamar, que a revelação de Deus foi levada à consumação em Jesus Cristo, que é a plenitude da mesma, e que “não se há de esperar nenhuma outra revelação pública, antes da gloriosa manifestação de Nosso Senhor Jesus Cristo” (Dei Verbum, 4). A mesma Igreja aprecia e julga as revelações privadas seguindo o critério de sua conformidade com aquela única Revelação pública.
Assim, se a Igreja aceitou a mensagem de Fátima, é sobretudo porque esta mensagem contém uma verdade e um chamamento que, no seu conteúdo fundamental, são a verdade e o chamamento do Evangelho. »
Vale a pena estudar essa Homilia de João Paulo II, verdadeiro apanhado sobre a teologia das Aparições em geral e autêntica interpretação da Mensagem de Fátima.
São muitas as “aparições” de Maria reconhecidas pela Igreja?
Bem poucas. Das 30 “visões” de Nossa Senhora, de quem se falou desde 1930 até 1950, por exemplo, apenas as de Banneux e Beauring foram reconhecidas pela Autoridade Eclesiástica. A aparição em Tre Fontane (Roma, 1947) foi também parcialmente reconhecida, 18 delas receberam o julgamento negativo. As demais estão ainda sub judice”.
Geralmente demora vários anos a sentença da Igreja. Nesse intervalo de tempo, não se autoriza o culto público no local das aparições nem o cumprimento de certos detalhes da Mensagem Mariana, como foi o caso da “consagração do mundo ao Imaculado Coração de Maria”, pedida em Fátima (Só em 1942, Pio XII fez a consagração do Gênero Humano ao Coração de Maria).
Que valor teológico e prático terão as mensagens de Maria, falando aos homens de hoje?
Damos a palavra ao teólogo Karl Rahner:
“Estas revelações particulares não se relacionam unicamente com a vida espiritual de um particular; por mais privadas que sejam, dirigem-se, por meio do beneficiário direto, à Igreja ou a uma boa parte da Igreja; revelações privadas que representam uma devoção nova, exortam à penitência e à conversão, comunicam determinadas instruções, previnem contra alguma doutrina, recomendam tal ensinamento espiritual ou tipo de espiritualidade, etc. No decurso da história da Igreja tem havido revelações assim, que certamente exercem influência importante.”
Basta considerarmos o extraordinário movimento de renovação espiritual que impõem Lourdes e Fátima para o mundo todo.
As aparições de Nossa Senhora têm sido mais freqüentes nesses dois últimos séculos?
Elas sempre aconteceram. Pensemos, por exemplo, nas Aparições de Nossa Senhora de Guadalupe, em 1531, ao índio mexicano, Juan Diego, ou nas numerosas “aparições da Virgem”, que deram início a santuários e peregrinações já bem antigos, na Europa; como: Nossa Senhora das Três Espigas, que, em 1491, teria aparecido a um ferreirno na Alasca; ou Nossa Senhora de Puy que, de acordo com a tradição nos primeiros tempos do cristianismo, apareceu, no Monte Anis (França), a uma mulher doente, curou-a e lhe disse que escolhera aquela montanha para que nela se construísse uma Igreja… Na Espanha, a tradição pretende que o santuário de Nossa Senhora do Pilar, em Saragoça, “que, no momento da reconquista, é indicado por seu bispo, como muito estimado pela sua antiga fama de santidade e dignidade” (João Paulo II), prende-se a uma visita de Maria, ainda viva aqui na terra, ao Apóstolo São Tiago Maior. Na Itália, abundam esses antigos santuários ligados a aparições marianas: Caravaggio, Genazzano (Nossa Senhora do Bom Conselho) etc.
Durante muito tempo, a Nossa Senhora do Carmo esteve associada à célebre aparição de Maria entregando o Escapulário a São Simão Stock em Cambridge (Inglaterra) a 16 de julho de 1251.
Todavia, nos últimos tempos, chamados por Pio XII de ERA DE MARIA, Ela se tem manifestado mais vezes como Mensageira de Deus.
São essas mariofanias “visões” ou “encontros”?
São sempre a presença real de Maria aos videntes, que a experimentam como uma existência real e objetiva (não como fantasias). Entretanto é possível que a Virgem se sirva de representações na própria subjetividade do vidente para se comunicar. O modo não é tão importante.


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