Nossa Senhora, a Mãe da Eucaristia
Pe. Jalmir Carlos Herédia
Maria, de modo especial, é o templo
de Deus por excelência, ela é a Arca da Aliança. Ela trouxe em seu seio
imaculado, o próprio Filho de Deus. De tal forma amou o Pai e guardou as
palavras do seu Filho que, o Filho e o Pai vieram a ela e nela fizeram sua morada.
Ao concebermos Maria como habitação do Sagrado, compreendemos o quanto Deus nos
ama, apesar de nossa condição frágil.
É impossível nos aproximarmos de
Maria sem nos aproximarmos de Jesus. Maria nos leva a Cristo. Junto de Maria
somos banhados pela luz do Espírito Santo que a cumulou de graça. Em toda a
Sagrada Escritura não há mulher que tenha sido agraciada dessa maneira a ponto
de ter sido convidada para ser a mãe do Filho de Deus. São Lucas nos relata: “O
Altíssimo te cobrirá com sua sombra” (Lc 1, 34). Aqui, o evangelista nos
apresenta Maria como uma nova tenda do encontro de Deus com a humanidade.
Coberta pela sombra do Altíssimo, Maria se torna o santuário onde Jesus toma
imagem visível.
Ligada ao mistério eucarístico que
mereceu que o Papa João Paulo II a chamasse de “Mulher Eucarística”
Em Maria encontramos o primeiro
tabernáculo que Jesus habitou por nove meses. Em Maria, Deus encarnado visita
seu povo. Entre todos os santos, a santíssima Virgem Maria resplandece como
modelo de santidade e de espiritualidade eucarística. Maria está de tal modo,
ligada ao mistério eucarístico que mereceu que o Papa João Paulo II a chamasse
de “Mulher Eucarística”. Ela viveu este espírito eucarístico antes que o
Sacramento da Eucaristia fosse instituído por Jesus, isto pelo fato de ter
oferecido seu seio virginal à encarnação do Verbo de Deus. Logo após o
nascimento de Jesus, ela realizou um gesto puramente eucarístico e ao mesmo
tempo, eclesial: apresentou o Menino Jesus aos pastores, aos magos e ao
sumo-sacerdote no templo em Jerusalém; o fruto bendito de seu ventre apresenta-o
ao povo de Deus e aos gentios para que o adorassem e o reconhecessem como o
Messias, o próprio Filho de Deus.
Para ser como Maria, Mulher
Eucarística, devemos transformar a nossa vida que deve ser toda ela
eucarística. O livro dos Atos dos Apóstolos nos refere que, após a ascensão do
Senhor ao céu, os apóstolos voltaram de novo ao Cenáculo, onde costumavam se
reunir (At 1, 12-13). A Mãe de Jesus estava
ali presente no seio da Igreja. Lucas, o autor dos Atos, não poderia deixar de
anotar esse fato: Maria está presente no instante em que vai resplandecer a
Igreja. A Mãe de Jesus, que estava com os apóstolos no desabrochar da Igreja no
dia de Pentecostes, continuava no meio deles, participando da fração do pão. A
Eucaristia, que por assim dizer, viera dela, que tem com ela relação e origem,
era seu alimento de cristã, que caminhava com a Igreja.
Igreja e Eucaristia são
inseparáveis. Não há Igreja sem Eucaristia, porque não há Igreja sem sacrifício
de Jesus que se renova, como não há Igreja sem encarnação de Jesus que se
prolonga no tempo. A peregrinação da Igreja se faz com a Eucaristia e pela
Eucaristia, e com Maria, assunta ao céu, isto é, inseparável da mediação de
Maria no céu.
O teólogo René Laurentin, resume
assim a participação de Maria Santíssima na Eucaristia:
1º) A participação de Maria no mistério da
Eucaristia corresponde, em primeiro lugar à participação que ela teve na
Encarnação do Verbo de Deus. O Corpo que recebemos na Hóstia é o mesmo corpo
daquele que nasceu de Maria. Esse corpo, nascido de uma mulher é o Corpo de
Deus!
2º) A participação de Maria no
mistério do Santo Sacrifício corresponde à sua participação no sacrifício da
cruz. A presença de Maria junto à Missa corresponde à sua presença no Calvário.
Como consequência, é certa a universal intercessão de Maria junto ao Santo
Sacrifício, a Missa.
3º) As ligações de Maria com a
Eucaristia se prendem, enfim, ao fato de que a Mãe de Deus participou na fração
do pão na Igreja de Pentecostes. Ela é o modelo mais perfeito e mais concreto
da comunhão do Corpo de Cristo.
4º) A Igreja, povo de Deus que está
a caminho, vive da Eucaristia e pela Eucaristia, fruto do seio virginal de
Maria e estritamente unida à sua oblação materna no Calvário. Por isso, é
impossível separar o culto da Eucaristia do culto de Maria.
Cada vez mais devemos enfatizar na
caminhada de fé do povo de Deus estes dois mistérios vitais para a Igreja:
Cristo Eucarístico e sua Mãe medianeira junto da Eucaristia.
Pe. Jalmir Carlos Herédia
Diretor Espiritual do MESC
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Nieustanne potrzeby??? Nieustająca Pomoc!!!
Witamy u Mamy!!!