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Magnificat - Escola de fé e de compromisso social


Magnificat - Escola de fé e de compromisso social


Pe. Jozef Grzywacz, CSsR - Província Redentorista de Varsóvia (Polônia)


O Magnificat, um compêndio de todas as orações[1]. Vasco Arruda afirma: “O Magnificat se tornou o meu mantra pessoal, e confesso que não o trocaria por nenhum outro que porventura me fosse oferecido”[2]. 

O Documento de Puebla lembra que Maria não está presente na evangelização de maneira decorativa, como se tratasse de um verniz superficial[3]. Mas está presente na Igreja que quer evangelizar no fundo, na raiz da cultura do povo. Pois esta é a hora de Maria (DP, 303).

Segundo Lina Boff, o culto à Virgem desemboca numa prática que constrói o Reino e renova os costumes cristãos. Maria nos mostra um horizonte sereno e nos dá mais esperança. Ela é a palavra:

- da vitória da esperança sobre a angústia;

- da comunhão sobre a solidão;

- paz sobre a perturbação e o medo;

- da alegria e da beleza sobre o tédio e a náusea;

- das perspectivas eternas sobre as temporais;

- da vida plena sobre a morte[4].

Como evangelizadores, devemos desenvolver uma catequese mariana, mostrando que Nossa Senhora é uma só. Trata-se de Maria de Nazaré, testemunhada pelas Sagradas Escrituras.

Lembrava o padre missionário redentorista, José Ribolla, dizendo que há alguns pregadores que quando falam do Magnificat de Maria ficam somente nos primeiros quatro versículos, “na vertical”. Quantos “bons católicos” com “práticas religiosas”  ficam só na dimensão vertical que não incomoda e não tocam os grandes escândalos das injustiças socias, sistemas injustos e estruturas pecaminosas. Nem o “Pai nosso” nem o “Magnificat” querem somente uma ação passageira, paternalista, ação caritativa de esmolas de “obras sociais” mas iluminam para a ação transformadora de situações injustas, mudança de estruturas e sistemas sociais.[5] Há pregadores que as vezes exageram na linguagem, mas o que mais incomoda não é só a linguagem, mas o nosso egoísmo, acomodação, orgulho, teimosia e os nossos interesses materialistas e consumistas.

Os elementos do Magnificat foram retomados na oração de Dom Helder Câmara intitulada “Invocação a Mariama”[6] que foi pronunciada no final da Missa dos Quilombos.[7]





Esse texto faz parte do livro “Magnificat: o cântico revolucionário de Maria, a mãe de Jesus” a ser editado pela editora Paulus.[8]





Mais em www.mariologiapopular.blogspot.com





[1] DUMOULIN, Pierre. O Magnificat: uma escola de oração. Tradução José Joaquim Sobral. – São Paulo: Editora Ave-Maria, 2003, p. 19
[2] ARRUDA, Vasco. Psicólogo, professor de História das Religiões e Psicologia da Religião.
[3] DOCUMENTO de PUEBLA. 302, que cita Evangelii Nunciandi 20.
[4] BOFF, Lina. Mariologia. Interpretações para a vida e para a fé, Petrópolis, Vozes, 2007, p. 140.
[5] RIBOLLA, José. O jeito de Maria de Nazaré, Aparecida, Santuário, 1991, p. 36.
[7] A “ópera negra” Missa dos Quilombos composta em 1981 por Milton Nascimento, Pedro Casaldáliga e Pedro Tierra. A obra interartística une música, poesia, texto, dança em uma temática que reúne religião
Africana e Católica Romana. A canção faz uma referência à Maria Negra e no Brasil ela intitula-se Nossa Senhora da Aparecida.
[8] GRZYWACZ, Jozef. Magnificat: o cântico revolucionário de Maria, a mãe de Jesus. Paulus 2021.

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