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O candeeiro oculto de Nazaré

 O candeeiro oculto de Nazaré


Sabemos que toda a Escritura é inspirada por Deus. (2Tm 3,16) Como um maestro, o Espirito Santo regeu cada detalhe, cada escrita, de tal forma que a verdade fosse registrada harmoniosamente, sem erro e contradição. Todos os acon
tecimentos que envolveram e influenciaram os registros Sagradas não aconteceram ao acaso. Devemos, portanto, analisar cada texto com espirito de um arqueólogo em busca dessas riquezas Divinas, porque mesmo sob os escombros, sejam eles: costumes da época, erros de copistas, duplicidades de mensagens, ou impurezas nas traduções linguísticas, a verdade não deixa de brilhar nas Escrituras. Nessa busca é importante lembrar ao leitor o estilo desse autor Divino, ou seja, escreve para os que creem sem ver. Muitas revelações estão ocultas sob as marcas da tinta, não sendo perceptíveis aos nossos olhos, outras faz se silenciando a narrativa sem contudo deixar de revelar-se.

A infância de Jesus e os momentos em que viveu em Nazaré é um exemplo do que queremos dizer. O que tantos chamam de vida oculta de Jesus, julgando ser uma falha ou ausência de informação, trata-se de um propósito claro e bem definido pelo autor Sagrado, em criar um silêncio, desses momentos vividos em Nazaré, e ao mesmo tempo o evidenciar. Como que evocando uma pausa, não de desinteresse narrativo por aquele que escreve, mas para revelar uma intimidade santa, um ambiente sagrado onde ninguém entra, por isso fecha-se para o mundo e interrompe a narrativa.

A vida cotidiana que teve ao lado de sua mãe envolve mistérios. Independente de toda narrativa dos evangelhos um fato é incontestável: Jesus esteve mais com sua mãe do que com o mundo, diria melhor, dela nunca se afastou. Só deixou Nazaré com sua mãe e sob as palavras: “Eles já não tem vinho.” (Jo 2,3)
Se para o mundo Jesus manifestou-se um quanto tanto tarde, na verdade para Ele ainda era um quanto tanto cedo, visto que ao pedido da mãe disse: “...minha hora ainda não chegou.” (Jo 2,4) Como se não bastasse o pouco tempo que dedicou para manifestar-se ao mundo e o tempo que viveu no silêncio narrativo, os Evangelhos nos informam que ao manifestar-se ao mundo foi muito discreto, de tal forma que, quando o mundo tomou conhecimento de sua vida, já não se encontrava mais entre os homens. Assim não era raro vê-lo proibir que divulgassem quem ele era e as curas que realizava. Ele os proibia severamente que o dessem a conhecer. (Mc 3,12) Isso fazia energicamente, não se tratava de pedido mas de uma ordem. Era, portanto, algo que levava muito a sério. Falava em parábolas e perguntado por que o fazia respondeu: “Porque a vós foi dado conhecer os mistérios do Reino dos Céus, mas a eles não. (Mt 13,11) e até entre seus discípulos sua mensagem ainda, sim não era clara, como bem diz Pedro: “Eis que agora falas claramente e a tua linguagem já não é figurada e obscura. (Jo 16;29)

O Filho de Deus passou pelo mundo silenciosamente e viveu toda sua vida ao lado de sua Mãe porque a associou à obra da Redenção. Como fiel administrador Jesus não enterrou seu talento no chão, nem o colocou num banco, a forma mais excelente que encontrou para glorificar ao Pai foi ocultar-se e associar-se com sua Mãe. (Mt 25,14-30)
Por Maria permanecer oculta toda sua vida, oculto também permaneceu seu Filho pois estava com ela. Misteriosa sabedoria de Deus, sabedoria escondida, destinada para nossa Glória desde a eternidade. Essa sabedoria foi escondida dos poderosos, dos sábios e entendidos desse mundo, mas revelada aos pequenos aos olhos do mundo. Lembrando que o mundo odeia Jesus. Assim ele vai dizer: “Eu te bendigo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondestes estas coisas aos sábios e entendidos e as revelastes aos pequenos. Sim, Pai, eu te bendigo, porque assim foi do teu agrado. (Mt 11, 25-26)
Paradoxal a missão de Jesus: Não veio para trazer a paz, mas a espada, não veio trazer a união mas a divisão. (Mt 10,34-36) olhando para sua vida, é notório que não veio para se revelar, mas para se ocultar.
Concluo com um questionamento de extrema relevância visto que como pode Aquele que diz ser a luz (Jo 8,12) ocultar-se, se Ele mesmo nos instrui que não se acende uma luz para coloca-la debaixo do alqueire, mas sim colocá-la sobre o candeeiro, a fim de que brilhe a todos os que estão em casa. (Mt 5, 14)?

Jesus sendo a luz e um grande Mestre não aceitou colocar-se em lugar baixo, pois não havia outra forma de posicionar-se do que dar o exemplo e colocar-se em local de destaque, de evidencia para iluminar toda casa, por isso escolheu Maria. Colocar-se em evidência é ocultar-se ao mundo e revelar-se aos pequenos, aos humildes, de todos esses a mais sublime: Sua Mãe! Eis o candeeiro oculto de Nazaré.

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